Era bonita. Tinha a
pele marfim, apenas algumas sardas marcavam a pele próxima ao nariz. Os cabelos
eram tingidos de um ruivo acobreado vibrante. Aos olhos de todos, tinha uma
família linda, um bom emprego, um marido atencioso e filhos perfeitos. Sorriso
fácil, olhar tímido e um jeito meigo que ao primeiro momento encantava quem a
conhecia. Era divertida e inteligente, capaz de dominar o mundo, se assim o
quisesse.
Havia perdido os amigos
há muito tempo. Nunca soube se os teve na verdade, ou se eles se afastaram após
conhecê-la melhor. Era uma menina meiga, mas instável. Capaz de mudar do mais
pacífico anjo para o mais terrível demônio com a menor fagulha do que julgasse
ser ofensivo para sua mente confusa.
Críticas. Fofocas.
Pensamentos mórbidos. Lembranças ruins. Paranoia. Confusão. Ciúme. Obsessão. Sangue.
“É pra chamar a
atenção.”
“É puro drama.”
“É doente.”
“É o ‘inimigo’
atacando.”
As pessoas a julgavam
sem de fato a conhecerem. As pessoas ouviam os relatos das coisas que ela fazia
horrorizadas. As pessoas lhe viravam as costas e queriam manter distância dela.
Ela sofria, e fazia as
pessoas próximas sofrerem. Ela não entendia porque as pessoas sempre se afastavam. Ela
só queria que alguém a visse por trás da fachada. Ela só queria que alguém lhe
entendesse.
Morreu sozinha, aos 21
anos, em um quarto de hotel pendurada ao teto com um lençol amarrado no pescoço.
Tirou a própria vida.
Ela só precisava de
ajuda.
Apesar de serem tristes esses contos conseguem ser lindos e encantadores. Até na morte pode se encontrar beleza
ResponderExcluirAcho que ninguém parece ser o que é. Pode-se conhecer, ser amiga de uma pessoa, de uma pessoa por anos e realmente não conhecê-la.
ResponderExcluirEssa doeu no meu coração!
ResponderExcluirQue conto bom e triste ao mesmo tempo!
Tive até vontade de chorar.
Mas ainda sim é um conto muito encantador!
Gostei muito!
Curto e grosso.
ResponderExcluirÉ triste pensar que existem tantas pessoas que acabam cometendo esse crime com a própria vida por se sentirem sozinhas e incompreendidas. Tudo o que precisavam era de ajuda, uma mão amiga e alguém que entendesse-as.
Esse conto deixa um sabor amargo =/
Oi Cass...
ResponderExcluirQue conto mais triste... E infelizmente hoje vemos tantas pessoas que chegam ao extremo ponto de tirar a própria vida... Pessoas que às vezes só precisam de um abraço, um conselho, uma mão amiga... Que possamos ser pessoas que fazem a diferença de forma positiva na vida de alguém...
Beijinhos...
Oi, Cass.
ResponderExcluirParafraseando a Cristiane alguns comentários acima, 'curto e grosso' mesmo. Conto bem curtinho, mas com êxito de passar a mensagem sobre se atentar de verdade às pessoas e não ignorar o que por fora parece uma simples frescura ou surto, mas que por dentro pode ser muito mais que isso. Um pedido de ajuda mesmo, e ainda mais triste saber que isso, mesmo encoberto, acontece tanto nos dias de hoje. =(
Beijos.
♥ Sâmmy ♥
♥ SammySacional.blogspot.com.br ♥
Cass!
ResponderExcluirTemos de aprender a ver os sinais nas pessoas que nos rodeiam e precisam de ajuda, caso contrário, as perderemos de forma trágica como a garota do conto.
Somo egoístas e apenas as criticamos, nem paramos para conversar direito e entender seus motivos.
Muito bom o conto.
Bom final de semana!!
“Se sabemos exatamente o que vamos fazer, para quê fazê-lo?” (Pablo Picasso)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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Oi Cass! Adorei o conto, pesado, intenso e objetivo, sem dar muitas voltas, parabéns!
ResponderExcluirBlog aboutbooksandmore.blogspot.com.br
Oi Cass.
ResponderExcluirAdorei o conto e apesar de ser bem triste não deixa de ser uma realidade vivida por muitas pessoas, é necessário atenção para as pessoas que estão a nossa volta.
Bjs.
Wow.
ResponderExcluirQue isso Cássia!?
Tenho que concordar com as pessoas acima: Curto e Grosso. E o pior é que é a realidade de muitas pessoas por aí. Mas vivemos em um mundo egoísta, onde as pessoas só se preocupam com elas mesmas e os relacionamentos são baseados em interesses.
Gostei do conto. Tocante, apesar do seu tom frio.
Olá, Cass!!
ResponderExcluirAmei o conto, mas é bem triste né... E ainda é um realidade isso, acontece no mundo inteiro, mas não podemos nos esconder por causa disso, pois daí nunca chegará ao final, que é aonde vai melhorar as coisas...
Ótimo conto, bem triste...
Abraço!
Oi, Cass!
ResponderExcluirNossa! Bem triste esse conto, mas infelizmente isso acontece com muita gente :(
Beijos
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Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOi Cass,
ResponderExcluirÉ triste, mas trás uma veracidade que chega assustar. Sei que muitas pessoas vivem assim, escondendo seus verdadeiros eu, por medo ou por cobrança de outros, pois para muitos é mais fácil tentar ser outra pessoa do que se deixar ser compreendido por elas. E os que julgam não se esforçam para entendê-las, só vêem o que lhes é conveniente!!
Oi, Cass!!
ResponderExcluirAdorei o conto!! Triste pois as vezes as pessoas só precisam de uma mão amiga, só uma, e muitas histórias poderiam terminar diferente!!
Bjoss
Obrigado pela publicação do conto, ainda não consigo dizer exatamente o que achei dele, tenho que refletir um pouco mais sobre. Bjs!
ResponderExcluirNossa Cass, fiquei com os olhos cheios de lágrimas e um nó na garganta, como é difícil está doente e não ter ninguém que ajude, assim como é difícil saber que aquela pessoa precisou de ajuda e você não sabia até ser tarde demais...
ResponderExcluirParabéns, lindo triste conto.
Triste, pesado, parabéns por seu conto, esse final foi devastador. Falar de depressão dessa forma, realmente algo tocante.
ResponderExcluirAbraço!
A Arte de Escrever
Triste, mas belo.
ResponderExcluirÉ deprimente saber que tantas pessoas morrem dessa forma simplesmente por não ter alguém para apoiar, alguém que entenda a tristeza por trás da máscara de raiva. Claro que é utópico esperar que suicídios parem de acontecer, mas é bom saber que podemos fazer nossa parte e evitar que aconteçam
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Essa morte fez todo sentido no final. Breve rapido esse pedacinho.
ResponderExcluirDar aquele gostinho de quero mais. Adorei, principalmente a
riqueza no detalhes. Com certeza adorei ter lido
Bem triste esse conto, mas infelizmente é a realidade de muitas pessoas, o pior é quando a pessoa está mal, mas não temos muito o que fazer, porque em casos assim, é preciso de ajuda médica e até conseguirmos convencer a pessoa de que ela precisa da ajuda de um terceiro, pode ser tarde demais, acho que podemos ajudar, mas nunca agindo como se soubéssemos do que [é melhor para aquela pessoa.
ResponderExcluirBeijos!
Pesado. Infelizmente é a realidade de muitos. Temos que tentar ajudar ao máximo quando percebemos que alguém está passando por uma situação assim, mas as vezes a pessoa constrói um muro ao seu redor. É muito difícil. Nossa, deu até uma badzinha aqui. /:
ResponderExcluirBJS
oie cass
ResponderExcluiradorei seu texto é bem complicado lidar com pessoas doentes e mais ainda quando ela nem sabe que está doente, de tentar entender o que as vezes nem mesmo a pessoa entende. muitas vezes tudo que uma pessoa precisa é de alguém que a escute.
Nossa que forte Cass 😓
ResponderExcluirIsso me faz pensar em duas coisas: Que devemos ter um olhar mais amplo para as pessoas que nos rodeiam,tentar enxergar além das aparências para que possamos compreender os pequenos sinais,e outra coisa,quando uma pessoa chega a esse extremo,de quem é realmente a culpa? 😩
Uau.
ResponderExcluirSabe o que isso me lembrou? O livro Garota, interrompida e seu transtorno de personalidade. Não sei exatamente qual foi a sua ideia com este conto, mas ele é no minimo chocante.